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Como um historiador se apaixonou por História jogando a série Age of Empires/Mythology

Em Xbox, acreditamos que os games têm um poder transformador sem precedentes, com mundos que inspiram milhares de pessoas em todo o mundo, e a série Age of Empires/Mythology se encaixa perfeitamente nisso.

Com o recente lançamento de Age of Mythology: Retold e a chegada do novo modo Arena dos Deuses em 7 de novembro, o Xbox Wire traz a história (literal) de como a série influenciou o gosto por História antiga em um criador de conteúdo que hoje possui doutorado em história.

Henrique Caldeira é bacharel, mestre e doutor em História e possui o canal Estranha História, compartilhando semanalmente fatos e curiosidades sobre história das religiões e ciência na antiguidade. E tudo isso começou com ele jogando Age of Empires e Age of Mythology na adolescência.

“O Age oferece essa experiência de te colocar naquele mundo, é uma forma imersiva de viver a história”, conta Henrique. “O que eu encontrava, primeiro no jogo, me alimentava a curiosidade de saber mais como aquela civilização tinha sido na história real”.

Age of Empires e Mythology teve um impacto geracional para que as pessoas se interessassem por história, sobretudo história medieval e história antiga”

Se controlar civilizações da história antiga em Age of Empires atiçou a curiosidade de um jovem Henrique, o mesmo aconteceu ao jogar Age of Mythology na mesma época, fazendo ele conhecer mais de mitologia e figuras como Odin (panteão nórdico), Poseidon (panteão grego) e Anúbis (panteão egípcio).

“Não sabia como funcionava a religião e mitologia egípcia, mas fiquei fascinado com aqueles serem com cabeças de animais”, comenta.

Confira a entrevista completa abaixo e com dicas para se aprofundar mais em mitologia para quem se interessou após jogar Age of Mythology: Retold.

Xbox Wire – Como um doutor em história resolveu criar conteúdo na internet?

Henrique: eu comecei o canal no YouTube quando estava começando o doutorado, que foi sobre história da ciência na interação com a história das religiões em diferentes épocas, e, ao mesmo tempo, foi na época de isolamento social por causa da pandemia.

Essa foi uma decisão que eu tive para minimizar um pouco essa questão do isolamento e poder compartilhar esses assuntos, que não é todo mundo que gosta, mas quem gosta, gosta MUITO. Então, o canal virou esse espaço para conversar com gente que gosta dessas loucuras e coisas estranhas da história.

Xbox Wire – Qual sua relação com videogames no geral? O que gostava de jogar quando criança?

Henrique: Sempre que tinha tempo livre eu estava jogando videogame, era meu principal hobby. Comecei no Super Nintendo e jogava Aladdin e Príncipe da Pérsia, que já são jogos com temática histórica.

Eu nunca tinha parado para pensar nisso, na verdade: os jogos que mais me marcaram têm uma temática histórica muito forte (risos). Já o Age of Empire II e Age of Mythology eu joguei na adolescência.

Xbox Wire – Como Age of Empires/Mythology influenciaram o seu gosto por história?

Henrique: O Age oferece essa experiência de te colocar naquele mundo, é uma forma imersiva de viver a história. Então, esses jogos aumentaram muito meu interesse pelo assunto e me fizeram querer saber mais.

Por exemplo, os Bizantinos no Age of Empires – eu não sabia o que era, aí eu ia atrás para saber o que era essa civilização. O que eu encontrava, primeiro no jogo, me alimentava a curiosidade de saber mais como aquela civilização tinha sido na história real.

“A experiência com Age ampliou muito a minha visão sobre história para além daquilo que via no colégio”

É muito mais convidativo você começar esse interesse e curiosidade (por história) em um jogo do que por um livro. O livro já fica interessante quando você já tem um contexto e consegue completar as lacunas ali, mas a imersão dos games ajuda a levar as pessoas a se interessarem mais.

E isso não era uma coisa pontual que aconteceu comigo, porque convivendo com outros colegas na faculdade de história, eu escutava essa mesma experiência. Muitos deles jogavam Age of Empires e se interessavam por certos momentos históricos e civilizações por causa do jogo.

Xbox Wire – A parte de mitologia também ficou sabendo mais por causa de Age of Mythology?

Henrique: Muita coisa eu conheci pelo jogo. Por exemplo, os (deuses) nórdicos eu conhecia praticamente nada, só o Thor das revistas em quadrinhos.

Os egípcios eu via as imagens dos deuses, mas não sabia como funcionava a religião e mitologia egípcia, mas fiquei fascinado com aqueles serem com cabeças de animais.

Xbox Wire – Qual é a sua civilização preferida em Age of Empires?

Henrique: Eu tenho duas.

A primeira são os mongóis, porque eu fazia a tática do “Mongol scout rush”, que é você fazer ataques rápido. Os mongóis tinham uma vantagem de desenvolvimento mais rápido no início da partida e, por isso, você mandava batedores para atrapalhar o desenvolvimento da outra civilização para a próxima era, ganhando a partida mais rápido assim.

A segunda eram os bizantinos, que são o contrário. Eles são uma civilização mais defensiva do Age II. Então, se você resistir aos ataques iniciais, eles ficam muito fortes nas etapas mais avançadas da partida, porque eles vão ter unidades mais fortes, as melhores do Age II.

Então, quando eu queria fazer uma partida mais de controle, eu escolhia os bizantinos. Quando queria ser mais agressivo, escolhia os mongóis.

Xbox Wire – Qual seu panteão preferido em Age of Mythology?

Henrique: eu gostava mais dos gregos, porque eu já conhecia um pouco mais (da mitologia). Isso facilitava a relação com as figuras e eu tinha um fascínio especial pelo Hades, porque ele é o deus do submundo e eu sempre achei esse tema interessante.

O estilo de jogo dele também, porque ele é defensivo. Ele tem um poder inicial de fazer umas sentinelas em volta da cidade, então eu gostava de jogar uma partida de controle com ele.

Xbox – Qual vídeo no seu canal você indica para um fã de Age of Mythology: Retold?

Henrique: Tem um vídeo muito interessante para quem gosta de mitologia grega. Esse:

Nesse vídeo eu vou para além da mitologia, em como funcionava a religião na Grécia antiga. Como que esses deuses que a gente ouve história e joga no game se encaixaram em um sistema religioso.

Não era só as pessoas contando histórias, porque tinha os templos, as pessoas adoravam esses deuses e inspiravam as pessoas da época nas formas delas de verem o mundo e a vida.

Acho que é um vídeo dá essa dimensão para além da mitologia e até complementa o Age of Mythology, que é a parte de mitologia.

Assim como aconteceu com Henrique, o relançamento de Age of Mythology: Retold pode inspirar uma nova geração a se apaixonar por história e mitologia. O novo modo Arena dos Deuses já está disponível por meio de uma atualização gratuita e convida os jogadores a encarnarem o herói lendário Kastor em 35 missões do modo Combate (Skirmish), repletas de maravilhas e perigos mitológicos.

Age of Mythology: Retold está disponível para Xbox Series X|S e PC, além de Game Pass Ultimate e PC Game Pass.

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