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Games para as férias: Indie Selects para julho de 2025

Julho é um período perfeito para curtir as férias. Seja viajando sozinho para desconectar ou pegando a estrada com a van cheia das suas pessoas favoritas, provavelmente você está em busca de uma mudança de ares este mês.

Mas e se não der para sair da rotina na vida real? Não tem problema, porque a equipe do ID@Xbox selecionou seis títulos Indie Selects para julho que podem ser a sua viagem dos sonhos.

Imagem de Indie Selects

Temos opções para quem quer se hospedar em um planeta de luxo — com o pequeno detalhe de uma revolta de robôs para resolver. Também oferecemos pacotes de construção de cidades saltando de ilha em ilha, com paisagens de tirar o fôlego.

Que tal uma estadia nas frias terras selvagens da América do Norte, cheias de mercenários, para um pouco de guerrilha terapêutica? Nada une a família como pular em um portal aleatório em Nova York com três dos seus mais próximos para salvar seu pai rato adotivo. Se você prefere administrar as férias com mais precisão, que tal uma viagem ao teatro em que você decide o destino de todos os envolvidos? Ou então, um “staycation” recheado de romance onde você menos espera.

Garanta já o seu lugar e reserve nossas seleções mensais para o seu próximo destino dos sonhos. Veja o que preparamos para este mês (sem ordem específica):

I Am Your Beast

Steven Allen: o mais novo jogo da Strange Scaffold é um FPS de suspense de vingança em formato curto. Só que, mais especificamente, é o equivalente em videogame de gritar “Estou bem!” enquanto corre por uma floresta densa cheia de lasers e guardas fortemente armados.

Você joga como o Agente Alphonse Harding — um homem com um passado, uma faca e um sério desejo de vingança. Antigamente um assassino de elite, Harding vive recluso em uma floresta congelada, tentando esquecer as coisas que fez. Mas quando seu antigo contato, Burkin, aparece com o clássico “só mais um trabalho”, Harding recusa. Má ideia.

Burkin revida. Pior ainda. Harding “surta” — palavra dele, não minha — e o que se segue é uma explosão em estilo de história em quadrinhos, cheia de rebelião deliciosa e vingança estilosa. O jogo não facilita para você — ele arromba a porta, te entrega uma lâmina e diz: “Se vira.” E, sinceramente? Eu curti cada segundo.

A mecânica é precisa, rápida e implacável da melhor maneira possível. Cada fase é um quebra-cabeça em alta velocidade de movimento e timing. Um dos meus momentos de maior orgulho? Deslizar por baixo de um laser, pegar um guarda de surpresa, lançar a arma dele no rosto de outro inimigo—então pegá-la no ar e usá-la para atirar em um terceiro. Foi como se eu estivesse fazendo teste para um filme de ação que ninguém pediu, mas que todo mundo certamente assistiria.

Mas o que realmente me surpreendeu foi o peso emocional por trás do caos. Entre a trilha sonora carregada de sintetizadores e a carnificina estilizada, há uma quantidade surpreendente de emoção. Graças, em grande parte, à dublagem excepcional.

A narração de Harding é feita em um tom rouco e sarcástico que consegue ser ao mesmo tempo hilário e discretamente devastador. Existe um peso em cada fala, como se ele não estivesse apenas com raiva, e sim como se ele estivesse cansado de estar com raiva. Depois de um confronto particularmente brutal, ele murmura: “Não estou com raiva. Só estou decepcionado… com todo mundo.” É absurdo, sim, mas acerta em cheio.

Se você curte jogos como Superhot ou Ghostrunner, e gosta de se sentir como uma máquina de demolição solo com um toque dramático, I Am Your Beast vai ser sua próxima obsessão. Só não se surpreenda se começar a narrar suas idas ao mercado com uma voz rouca.

Date Everything!

Imagem do jogo Date Everthing!

Joe Olk: todos nós já nos sentimos sozinhos, mas você já se sentiu tão sozinho a ponto de querer namorar sua mesa de centro? Bem, para ser preciso, você está namorando o “conceito de uma mesa” – existe uma diferença, acredite.

À primeira vista, Date Everything! é um simulador de namoro excêntrico onde cada objeto da sua casa tem uma personalidade distinta e animada, mas basta alguns minutos na introdução para perceber que há algo completamente diferente acontecendo, algo sinistro e corporativo.

Seus contatos no mundo humano parecem mais sem corpo do que os objetos inanimados com os quais você começa a criar laços e, acredite, esse é exatamente o ponto.

Como protagonista, seu objetivo não é apenas descobrir como levar sua cama para a cama (um pensamento que, sim, faz absolutamente parte da proposta), mas desvendar a natureza complexa das personalidades ao seu redor, entender de verdade a situação e o mundo em que você está inserido.

E é isso que torna Date Everything! tão incrivelmente envolvente; os personagens que existem ali são tão ricos, e o mundo é tão cheio de fios soltos apenas esperando para serem puxados. Ao fazer isso, você é recompensado com histórias estranhas e diálogos picantes incríveis, escritos de forma impecável e interpretados por um elenco de dubladores absolutamente impressionante.

Essa é o combustível que alimenta o motor do loop do jogo. O motor em si é simples e eficaz; você acorda todas as manhãs e tem uma quantidade limitada de bateria para conversar com os objetos da sua casa, enquanto recebe mensagens curiosas e às vezes desesperadas dos seus contatos humanos pelo celular.

Você repete esse processo, e um quebra-cabeça começa a se formar diante dos seus olhos, cada peça se encaixando, mas abrindo espaço para mais uma peça entrar. É um emaranhado de emoções e personalidades preso dentro das paredes de uma casa, enquanto você lança olhares desconfiados para o mundo lá fora.

Então vá em frente, eu te imploro, descubra sobre os negócios de streaming / influencer da sua luminária e o restaurante de sorvete da sua geladeira; e lembre-se de tratá-los bem, porque objetos também são pessoas.

Robots at Midnight

Oscar Polanco: Robots at Midnight é um RPG de ação soulslike retrofuturista que combina narrativa com construção de mundo atmosférica e combate baseado em habilidade. Você joga como Zoe, uma clandestina a bordo da nave de seu pai Michael, que orbita o planeta natal deles, Yob, um mundo de férias de luxo.

Quando uma emergência repentina acontece e a tripulação robótica da nave se volta contra você, Zoe, acreditando ser a única humana restante, parte com sua companheira robô Phlite em busca de uma cápsula de fuga.

No caminho, ela descobre a Mobile Impulse Traversal Technology (MITT), um artefato dos Space Walkers usado para exploração espacial. O dispositivo, parecido com uma manopla, aprofunda o combate e a exploração, dando a Zoe um dash propulsor, socos sobrecarregados e disparos de energia carregados.

Depois de uma batalha caótica e vários acontecimentos, você chega a Yob, onde o tom muda. Antes um lugar belo e idílico, agora está solitário e em ruínas. A partir daí, o jogo se desenvolve em uma narrativa cuidadosamente construída, cheia de segredos e personagens excêntricos, mas cativantes.

O que mais gosto é como o jogo te envolve emocionalmente através de pequenos momentos silenciosos. Conversas com robôs esquecidos, o silêncio inquietante de lugares abandonados e a esperança inabalável de Zoe criam um mundo que parece profundamente pessoal. Você se sente investido em ajudá-la a encontrar respostas para os mistérios.

A história é complexa, mas não confusa, com cada encontro, fragmento de memória e pista parecendo ter um propósito. Você não está apenas lutando contra inimigos; está desvendando perguntas que ficaram sem resposta. O que levou as máquinas à revolta? Onde está o pai dela, e por que ele foi poupado?

O design de som amplifica a tensão com sintetizadores retrô que ecoam isolamento, admiração e, às vezes, temor. O mundo parece ao mesmo tempo abandonado e vivo, e cada interação – seja com um robô excêntrico ou um estranho vestígio do passado – adiciona personalidade ao cenário.

O combate soulslike nunca é punitivo; há um ritmo em cada encontro que recompensa paciência e criatividade, principalmente conforme você desbloqueia novas habilidades e descobre novas camadas do potencial da MITT.

Se você gosta de RPGs com foco em narrativa, com exploração atmosférica, companheiros marcantes e um combate que complementa, em vez de ofuscar a história, Robots at Midnight é um título para ficar de olho. É uma jornada assombrosa e comovente que convida você a pensar, sentir e lutar, com apenas um aviso: certifique-se de voltar para casa antes da meia-noite…

Islanders: New Shores

Imagem do jogo Islanders New Shores

Raymond Estrada: às vezes, você simplesmente sabe, antes mesmo de apertar o botão de iniciar, quando algo vai ser a sua cara. A sequência do título aclamado pela crítica que foi lançado no Xbox em 2021, Islanders: New Shores é um construtor de cidades minimalista, calmo e acolhedor, onde você pula de ilha em ilha e que, na minha opinião, é o alívio de estresse definitivo.

O cerne do jogo é bem simples: construir lentamente uma pequena civilização em uma ilha gerada proceduralmente da forma mais eficiente possível, com uma quantidade limitada de construções. Quando você acumula pontos suficientes, pode passar para a próxima ilha quando quiser. Sem pressa.

Você ganha pontos com base em como posiciona os edifícios. Certos prédios interagem com o ambiente ou com outros prédios de maneiras específicas. Serrarias próximas de árvores, pontos bônus. Fazenda de algas próxima da água, pontos bônus. Centro da cidade perto de outras casas, pontos bônus.

No entanto, há penalidades nos pontos se certos edifícios ficarem ao lado de elementos que não combinam.

A interface do usuário não é apenas muito bonita, mas também muito intuitiva. Há bastante tentativa e erro, mas não existem grandes consequências para os erros cometidos. Foi fácil pegar o jeito rapidamente e aprender como acessar as informações de que eu precisava para tomar as decisões certas. De repente, você simplesmente continua, conquistando novos níveis de pontuação e marcos à medida que começa a aprender as sinergias e, antes que perceba, surge a chance de construir uma nova civilização em uma ilha diferente.

E quando digo diferente, é diferente mesmo. Os tipos de ilhas não trazem apenas uma troca de paleta de cores, mas ambientes completamente distintos com estilos de cidades próprios. Você pode ir de um paraíso tropical quente para uma ilha focada em aves com uma rede de pombos-correio, ou para uma rocha árida cercada por lava.

No caminho, você desbloqueia benefícios especiais que permitem criar combos poderosos, como copiar um prédio, ganhar um multiplicador de pontos ou reduzir o tamanho das construções, o que pode trazer uma grande pontuação. Porém, na terceira ou quarta ilha, você começa a sentir o desafio de metas de pontos mais altas e terrenos menores.

Se o desafio passar a ser maior do que você gostaria, não se preocupe, você começa o jogo no modo High Score, mas pode facilmente mudar para o modo Free Build, permitindo personalizar o formato da ilha, tamanho, clima e construções como quiser.

Este jogo parece uma mistura entre um jardim zen e um roguelike, e me peguei ficando acordado até tarde com os olhos cansados dizendo para mim mesmo “só mais uma partida”. Ele tem uma trilha sonora e uma estética tão relaxantes e agradáveis que me senti em paz. No entanto, por mais simples que o jogo seja, ele também não é exatamente fácil.

No geral, há algo em encontrar aquele único pixel de espaço para criar um bônus de pontos absurdo que é incrivelmente satisfatório. Eu recomendaria para qualquer pessoa que gosta de estratégia por turnos e roguelikes, mas só precisa de uma noite para relaxar. Vou continuar jogando isso por um bom tempo.

Bad End Theater

Raymond Estrada: Parte visual novel, parte aventura de quebra-cabeça, Bad End Theater pede para você tomar decisões para cada um de seus personagens, com cada escolha afetando o caminho de todos na história – que aparentemente sempre levam a um final ruim.

O elenco dessa tragédia inclui o Hero, Maiden, Servant e Demon Overlord, e o tema geral aborda moralidade, destino e encontrar a si mesmo apesar do medo do que pode acontecer. O jogo enfatiza a rejogabilidade, assim como um roguelike – cada erro não é necessariamente uma falha, mas uma escolha necessária que pode desbloquear um novo caminho.

Quando você começa, é pedido para guiar esses 4 personagens à perdição. Você conduz cada um deles por suas histórias, fazendo algumas escolhas até que cheguem a sua conclusão horrível (normalmente, eles morrem).

Após cada partida, você desbloqueia novos traços que podem alterar seus caminhos e levar a dezenas de outros finais ruins. Cada personagem tem sua própria história e dilema que se cruza com os dos outros personagens. Uma decisão feita no caminho de um personagem pode alterar a direção de outro personagem.

Você vai trocar constantemente entre cada personagem, todos vendo os mesmos eventos, mas de uma perspectiva única, o que te obriga a repensar as intenções dos personagens e o que, afinal, seria a “escolha certa”.

Quando criança, eu adorava “livros de escolha sua própria aventura”, principalmente porque 90% dos finais eram “você fez uma escolha ruim e então eles morreram”. Mas o objetivo desses livros era mostrar como qualquer uma das nossas escolhas pode nos afastar do nosso verdadeiro caminho.

Este jogo realmente ilustra isso, já que você verá seus personagens morrerem muitas vezes. No entanto, à medida que você continua seu pequeno experimento, vai aprendendo mais sobre o Bad End Theater e o quadro geral que o jogo está pintando.

O jogo tem um tamanho de experiência equivalente a um lanche, mas é um ótimo lanche para revisitar de novo e de novo, oferecendo 40 finais diferentes. Eu recomendo fortemente para quem gosta de quebra-cabeças, já que este é definitivamente um jogo que recompensa a curiosidade e a experimentação.

Tartarugas Ninja: O Destino de Splinter

Imagem do jogo Tartarugas Ninja: O Destino de Splinter

Deron Mann: é isso que acontece quando você combina todo o charme de uma franquia icônica com o popular – e, para ser sincero, viciante – gênero de ação roguelike. Os jogadores vão perceber que a jogabilidade lembra outros favoritos do gênero roguelike, como Hades, mas com cooperação para 1 a 4 jogadores e trazendo toda a história e os personagens do universo Tartarugas Ninja.

O jogo começa com Leonardo (minha tartaruga favorita) sendo emboscado pelos Foot Soldiers – inimigos clássicos das Tartarugas e fiéis capangas do principal antagonista do universo, o Destruidor. No entanto, depois de derrotar esses capangas, você enfrenta uma luta impossível de vencer (ou era para perder mesmo ou eu sou ruim… ou os dois).

Em seguida, você descobre que o Destruidor, ou alguém ainda mais sombrio que ele, não apenas sequestrou o Mestre Splinter, mas também possui algum tipo de coisa poderosa, capaz de criar portais e alterar o mundo, e cabe ao grupo salvar seu mestre e impedir o cérebro por trás desse plano.

O que eu mais gosto é como os desenvolvedores mantiveram elementos-chave do gênero, incorporaram o universo e o design das Tartarugas Ninja, e ainda conseguiram deixar tudo com uma sensação nova, divertida e envolvente. Fãs da franquia vão gostar de ver o esconderijo das Tartarugas sendo usado como o centro para melhorias, a pizza servindo como símbolo para recuperar vida, a possibilidade de desbloquear o Casey Jones, batalhas contra o Leatherhead ou o Rocksteady, e suas conversas com a April ou o Slash.

Os desenvolvedores chegaram a adicionar diálogos nos upgrades durante as partidas, inspirados em outros personagens. Teve um momento em que escolhi uma habilidade inspirada no Mikey, e o Leo disse algo como “espero que isso não venha com aquelas piadas ruins”. É o estilo clássico das Tartarugas, e seja você fã de longa data ou alguém que está conhecendo agora, é fácil gostar e apreciar – o Rafa pode ser irritante às vezes, mas isso faz parte da história.

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Fonte Xbox Wire

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