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Saiba como funciona o sistema de armazenamento do Xbox Series
A pré-venda do Xbox Series X e Xbox Series S já começou, mas muita gente ainda se confunde sobre como o sistema de armazenamento dos consoles funcionam. Como a Microsoft foi explicando o recurso aos poucos, há quem não tenha entendido a relação entre o SSD interno e o cartão de expansão, ou se SSDs e HDs internos são capazes de rodar jogos da nova geração.
Assim, como forma de por um fim a essa bagunça, explicamos aqui como o sistema de armazenamento do Xbox Series X e Series S funciona.
1. Como o armazenamento interno funciona?
Os novos consoles são equipados com um SSD interno customizado, uma unidade NVMe PCI Express 4.0 de armazenamento não removível (1 TB no Series X e 512 GB no Series S). A Microsoft optou por esse caminho para permitir que a unidade interna fosse diretamente conectada ao chip integrado, aumentando assim a velocidade de leitura dos dados.
Uma conexão integrada, que é ordens de magnitude mais veloz do que um slot de expansão, permite aos novos consoles executar multitarefa real (vários jogos carregados na memória ao mesmo tempo) e até mesmo retomar uma partida após uma atualização de sistema, ou desligar e ligar o hardware.
Isso não quer dizer que o usuário estará limitado ao espaço interno para todo o sempre: o Xbox Series X e o Series S suportam expansão tanto por um cartão proprietário, quanto com os bons e velhos SSDs e HDs externos, conectados via porta USB.
2. Como o cartão de expansão do Xbox Series X | S funciona?
O Cartão de Expansão de Armazenamento Seagate para Xbox Series X | S (sim, esse é o nome oficial) é um pequeno SSD NVMe, desenvolvido pela Seagate em parceria com a Microsoft. Ele conta com 1 TB de espaço e se conecta aos novos consoles da Microsoft via porta proprietária.
Assim como o SSD interno, o cartão de expansão se conecta via PCI Express 4.0 e é ligado diretamente ao chip integrado, para permitir as mesmas vantagens aos jogos instalados, independente de qual unidade.
A Microsoft priorizou a adoção de SSDs nesta geração para otimizar a performance e a velocidade de carregamento, e os que já testaram o Xbox Series X dizem que o tempo de loading para jogos do Xbox One, otimizados para rodar em 4K (ou seja, no Xbox One X) caíram radicalmente, chegando a quase 0 segundos.
3. Por que o cartão de expansão é tão caro?
O preço oficial do cartão de expansão no Brasil é de R$ 2.299, pouca coisa menos caro que o Xbox Series S, que custa R$ 2.999; o Series X, por sua vez tem preço sugerido de R$ 4.999 no mercado brasileiro.
Muita gente chiou, reclamou, se debateu e etc., mas a realidade não perdoa: NVMe é uma tecnologia de armazenamento nova, e a Gen 4 adotada no Xbox Series X e Series S é ainda mais recente; logo, é cara.
Mesmo um SSD do tipo para computadores não sai por menos de R$ 2 mil.
Adicione o fator “formato proprietário”, que tende a empurrar os valores para o alto e temos o cenário atual; é possível que quando a cadeia de produção da Seagate se estabilizar os preços melhorem, mas isso vai levar tempo.
4. Eu posso usar HDs e SSDs externos com o Xbox Series X | S?
Tanto o Xbox Series X quanto o Xbox Series S permitem que o usuário armazene jogos das gerações anteriores (Xbox original, Xbox 360 e Xbox One) e dos novos sistemas em qualquer uma das unidades, seja o SSD interno, o cartão de expansão ou em SSDs e HDs externos, estes conectados via portas USB 3.2 (duas traseiras e uma frontal).
O pulo do gato está em onde os jogos rodam: por design, títulos da família Xbox Series só podem ser executados ou no SSD interno, ou no cartão de expansão, novamente por conta do foco em performance e velocidade.
E como as unidades externas se encaixam nesse esquema?
Vai funcionar assim: caso o usuário tenha um jogo salvo do Xbox Series em uma unidade externa, este será copiado para o SSD interno, ou para o cartão de expansão, quando o jogador decidir roda-lo.
O tempo de transferência de um jogo de 49 GB, como Assassin’s Creed Origins, foi medido pelo site Venture Beat, usando um SSD e um HD externo, ambos com conexões USB 3.0. Estes foram os resultados:
- De um SSD externo para o SSD interno: 2 minutos e 18 segundos;
- De um HD externo para o SSD interno: 7 minutos e 46 segundos;
- Do SSD interno para um SSD externo: 4 minutos e 33 segundos;
- Do SSD interno para um HD externo: 10 minutos e 36 segundos.
Vale lembrar que jogos das gerações anteriores podem ser carregados diretamente das unidades externas, mas fica evidente que usar um SSD externo é melhor do que um HD, graças à nova arquitetura Velocity, que privilegia unidades de estado sólido.
Para jogos do Xbox original, Xbox 360 e Xbox One, nada muda: o usuário poderá armazena-los e carrega-los diretamente das unidades externas, sem precisar copia-los. Mas claro, salva-los na memória interna ou no cartão de expansão lhes confere vantagens significativas.
Conclusão
Quem está planejando comprar o Xbox Series X ou o Series S, mas não pretende adquirir o cartão de expansão agora poderá fazer uso de HDs e SSDs externos, para armazenar tanto os jogos da geração atual quanto das anteriores. A diferença é que os títulos novos terão que ser transferidos para a memória interna para rodar.
No entanto, é altamente recomendado que neste caso, o jogador dê preferência a um SSD externo no lugar de um HD, visto que a velocidade de transferência é bem menor; o problema novamente é o custo, uma unidade de 1 TB custa em torno de R$ 750.