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Um coquetel do medo – como Alien: Isolation aterrorizou jogadores de Xbox
Claustrofobia. Escuridão. Barulhos sinistros. De repente, uma enorme máquina de matar sai das sombras e começa a perseguição. 10 anos após seu lançamento, é justo dizer que Alien: Isolation aterrorizou gerações de jogadores de Xbox, mas eles não eram os únicos mostrando coragem em face do medo.
Os desenvolvedores da Creative Assembly sentiram que a licença Alien, com um único e imprevisível inimigo que te persegue pelo jogo, e um arsenal que se estende há não mais do que simples ferramentas de autodefesa, combinariam para criar uma experiência de terror de sobrevivência memorável.
Apesar dessa premissa, havia poucos outros jogos no gênero de terror de sobrevivência que poderiam servir de guia.
“Esse foi um dos desafios”, explica o diretor criativo Al Hope. “Eu senti que, por ter pouco material para se guiar, foi uma aposta achar que chegaríamos no fim. Enquanto isso, o time colocou muito da alma no jogo. Teria sido bem mais fácil se tivéssemos dado uma arma para o jogador para atirar no Alien, teríamos tido pouca resistência”.
“Só que foi importante que nos comprometemos em criar essa experiência de Alien que sentíamos que não estava disponível em lugar nenhum. Ninguém tinha feito um jogo assim, e essa era a promessa. Tivemos que entregar um jogo imprevisível de gato e rato que está no coração da experiência de Alien: Isolation”.
Gato e rato
A jogabilidade de gato e rato elevou Alien: Isolation para o melhor do gênero de terror de sobrevivência, colocando você no papel de Amanda Ripley, a filha de Ellen Ripley (protagonista do filme), procurando uma conclusão em sua procura pela caixa preta enterrada bem fundo nos labirintos da estação Sevastopol.
O gato nesse cenário? Ninguém mais, ninguém menos do que, claro, o famoso e icônico Alien do filme de 1979.
“Ele é uma criatura amedrontadora que você não pode derrotar”, diz o diretor técnico Mike Bailey. “Você tem que evitá-lo, contorná-lo, distraí-lo com o que quer que for. Há tantos desses elementos que meio que se juntam para realmente entregar aquele tipo de legado duradouro, acho”.
O jogo ainda tem o elemento da surpresa. Alien: Isolation foi muito elogiado pela inteligência artificial que o Alien possui já no lançamento e agora, 10 anos depois, essa mesma IA ainda pega os desenvolvedores do time desprevenidos quando revisitam o jogo.
“Há algumas áreas em que sou bem confiante”, continua Bailey, falando das partidas que faz em Alien: Isolation.
“Eu conheço o cenário e penso: ‘ok, posso me abaixar aqui atrás dessa mesa, me esgueirar um pouquinho’ e ele ainda me pega de surpresa. Eu fui muito confiante! É difícil de dominar. Ele é imprevisível, mas não injusto. Se tivesse sido um pouco mais lento, se tivesse usado o sensor de movimento, provavelmente lidaria melhor com a situação. Não foi puramente aleatório”.
Animando o Alien
Um momento importante no desenvolvimento foi a mudança de fazer um jogo de terceira pra primeira pessoa, amplificando a intensidade e o terror no coração de Alien: Isolation.
Foi aí que a Creative Assembly percebeu que tinham algo especial em mãos. Só que essa mudança para a primeira pessoa colocou um foco maior no próprio alien, já que você tinha que ficar de olho na criatura ameaçadora te perseguindo pelos vários corredores e ventilação. Isso adicionou pressão para fazer com que o Alien parecesse ainda mais convincente.
“O primeiro filme Alien foi o principal ponto de referência, era o que queríamos honrar”, diz Simon Ridge, o animador responsável em como o Alien se movimenta. “Não há muito do próprio Alien na tela, então era sobre extrair da sensação de você tem quando ele está na tela, que era algo bem desconfortável, bem angustiante.
“Eu comecei a procurar em diferentes coisas que tinham essa mesma sensação de estar angustiando e desconfortável. Olhei em Nosferatu, que foi o Dracula das antigas. Olhamos para dinossauros também, para ver como que o pé fica quando pisa no chão. Eu lembro de fazer um esforço para deixar o pé ficar bem gracioso. E aí, com a habilidade do Alien de, ao mesmo tempo, correr bem rápido, pensei que se encaixaria nesses contrastes estranhos. Era uma mistura de várias coisas e depois esperávamos que esse amalgama criasse essa estranheza, de algo desconfortável”.
Nova geração de fãs
A animação foi apenas um dos ingredientes nesse coquetel dinâmico do medo que a Creative Assembly misturou. Eles criaram um sistema de áudio dinâmica e reativo porque, diferentes de muitos jogos de terror de sobrevivência, Alien: Isolation não estava preso há momentos roteirizados.
Eles replicaram a direção de arte de ficção científica Lo-Fi que definiu os filmes, com os monitores de botões enormes aos aspectos sujos e grotescos que revestiam as paredes metálicas.
Foi essa atenção aos detalhes que realmente trouxe o monstruoso Alien e seu mundo à vida, com até mesmo o filme original passando sem parar nos escritórios da Creative Assembly (“Eu devo ter visto algumas centenas de vezes!”, brinca Bailey).
E com “Alien: Romulus” trazendo uma nova geração de fãs pela telona, isso também significa uma nova geração de jogadores que também estão descobrindo essa experiência de terror de sobrevivência ímpar pela primeira vez.
“É maravilhoso ver pessoas entusiasmada por terem visto ‘Alien: Romulus’ e jogando Alien: Isolation pela primeira vez e ver como ele ainda se sobressai”, concluiu Hope. “O fato que as pessoas estão achando o jogo hoje em dia, se divertindo… é um ótimo testamento do trabalho que o time vez. É incrível”.
Você pode jogar Alien: Isolation hoje mesmo no Xbox One e no Xbox Series X|S via retrocompatibilidade. O jogo está disponível em duas versões: Alien: Isolation e Alien: Isolation – The Collection, que possui o jogo base e 7 pacotes de conteúdo adicional. E com uma sequência confirmada de estar em desenvolvimento após 10 anos, ainda há muito mais para vir do time.